sábado, 23 de julho de 2011

Poema aos Pescadores

Como podem ir para um lugar tão longe de casa?
De que sitio estou a falar?
É azul e seu nome é mar,
E as familias em terra em ânsias de esperar
Seus filhos bem pequenos, acordando dia a dia,
para estudos alcançar,
E todos a lutar pelo mesmo,
Pela sua vida melhorar,
Mas já no sangue vem ternura,
De continuar a pescar,
Seu barco pequeno, num mar tão grande,
Num dia sereno numa pesca andante,
Sujeitos á chuva, ao sol e ao vento,
Muito aventureiros, continuam a viagem,
Todos unidos como companheiros, sem saber,
Se para casa regressam,
E todos esses pescadores, de Rabo de Peixe,
Ou dos Açores, rezando a Deus para casa voltar,
Com o barco cheio de peixe , para seus filhos sustentar,
Com sua cana a pescar, e outros a mergulhar ,
Todos juntos a trabalhar...
Mãos queimadas do tempo,
Caras envelhecidas,
De todo o sol e do vento,
De todas as noites perdidas,
A ilha a avistar,
todos desejosos por voltar,
Para suas familias encontrar,
com muitas saudades de os abraçar,
Saudade parte com eles,
por estarem semanas no mar ,
Mas não podem fazer nada,
apenas continuar...


Rúben Correia

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